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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O que será que houve?

Há tempos fico pensando como nos conhecemos,como nos relacionavamos e como ela morreu.Já pensei em mil possibilidades.Histórias verdadeiras vão atravessando nosso pensar.Quero contar tantas p vocês.Uma delas foi esta que segue abaixo.Li hoje de manhã e me pareceu possivel ela ter morrido numa enchente.Como aquelas pessoas que foram pegas pelo vesuvio ou pelo tsunami.Por que umas são pegas e outras não?


RIO - Faltaram apenas três degraus para as águas da chuva invadirem o segundo andar da casa onde os dois filhos do saxofonista George Israel, de 50 anos, do Kid Abelha, passavam férias em Teresópolis, junto com três primos, um amigo e uma tia.

O saxofonista tinha descido a serra com a mulher, na véspera, quando, por volta das 4h de quarta-feira, o filho Leonardo, de 15 anos, ligou para avisar que estavam ilhados. George não pensou duas vezes: assim que a situação se acalmou, alugou um helicóptero, por R$ 3 mil, para resgatar a família.

Fotos feitas durante sobrevoo revelam estragos na região

- Passei minha infância nessa casa e me acostumei a controlar a quantidade de chuva, acompanhando o nível do rio. Lembro que, aos 11 anos, a água chegou a meio metro, mas nada comparado ao que aconteceu agora lá. Fiquei desesperado, sem ter como ajudar à distância. Eles estavam sem luz, com lama e água por todos os lados. Apenas um celular de uma operadora funcionava, mesmo assim a bateria dele estava quase zerada. Só queria saber até que degrau a água estava avançando no segundo andar. Foi uma agonia - conta George.

A casa do músico fica no condomínio Fazenda da Paz, na Posse, refúgio escolhido por ele e Roberto Frejat, do Barão Vermelho, para compor e fazer os ensaios das bandas.

Na hora em que a chuva começou a apertar, George diz que os filhos Leonardo e Catarina, de 11 anos, estavam com um amigo e dois primos brincando no estúdio, que fica num anexo. Ao perceber que a chuva não parava, a cunhada do músico que estava com um bebê, pediu aos adolescentes que saíssem do local e fossem para o segundo andar da casa.

- Nessa hora você percebe que, por 15 minutos, pode dançar. Eles já saíram do estúdio com a água quase cobrindo a minha filha. Quando me ligaram de madrugada, fiquei pensando num meio de resgatá-los. Liguei para táxi do Centro da cidade, mas não tinha ideia de que nada chegava lá. Liguei a internet e só havia notícias de Friburgo. Deu um desespero. Queria salvar os meus filhos. Foi aí que pintou a ideia do helicóptero. Amanhã mesmo vou doar sangue para as vítimas. Temos que ajudá-las - disse o músico.