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quinta-feira, 24 de março de 2011

23 de março

Dentro de mim um sorriso cresce e permanece. É assim que sinto ao me despedir do encontro de hoje. Fico orgulhosa por ter escolhido estar ao lado de cada um de vocês. E que bom que vocês também me escolheram. Nos escolhemos, de fato.

Os cheiros agora se misturam, as vozes se perfuram, os olhares se encontram. Que corpo é esse que está se formando? Que forma, cheiro, som tem esse corpo? Marília diz que está em delay, Nina diz que sente o tempo todo arrepios, vidas sendo atravessadas por outras vidas e fazendo surgir um algo inédito, um algo inominável e impalpável mas que ninguém duvida que não exista.
Vamos empunhar a espada, vamos sentir essa potência única que pertence a cada um de nós, vamos botar o pau pra fora e botar pra fuder, seremos vulgares, cavalheiros e damas, seremos cínicos, delicados e frágeis. Seremos monstros e dragões, soltaremos fogo, assustaremos o outro e juntos vamos embaralhar a ordem, arrebentar o risco e dinamitar a certeza que não nos abre portas.

Os textos de cada um, os textos pessoais, são lindos, lindos. Que surpresa boa, quero mais surpresas assim!

Dominique reivindicando, Vítor se entendendo, Fred se perguntando, Nina se desculpando, Marília se desfazendo. Vi todos em lugares diferentes do que estou acostumada a ver, quero ver mais disso.

Diogo e a amiga. Quanta vida traz uma morte. O vazio. O horror. O iogurte. A hipoglicemia.

C & A

Ela viu o porquinho atravessando a rua. Ela queria ser o porquinho, porque não existe um outro porco maior atrás do porquinho, porque o porquinho é só um porquinho. É só um porquinho.... e então ela se matou.

Delírio...

Rapte-me camaleoa.

Nina olha pra mim e Diogo e pergunta: vocês sabem a gravidade do que vocês estão fazendo?