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quarta-feira, 27 de abril de 2011

PALAVRA

...e é por isso que desde aquele dia, há exatamente dois meses atrás, eu me tornei uma palavra que não para, que não me deixa dormir, que não me deixa cagar, e que é uma palavra intrinsecamente totalitária e excessiva, eu preciso dela, eu preciso dela porque despois daquele dia operou-se uma revelação e, nessa revelação, eu percebi em mim mesmo a presentificação total da minha vida, e nessa a-pro-pria-ção que me possuiu, nessa anamnese gigante de todos os agoras, essa instanteação presente de tudo o que me foi me percorre dia e noite sem parar, revificando tudo e encarnando tudo...

trecho do livro "Certeza do agora" de Juliano Garcia Pessanha