Novo espetáculo do Teatro Inominável apresenta uma geração em busca de um acerto de contas com uma realidade contraditória
Cinco jovens se reencontram no
apartamento de uma amiga em comum, dois meses após o seu suicídio. Novo
espetáculo do Teatro Inominável, a peça Como Cavalgar um Dragão, dramaturgia de
Diogo Liberano criada em processo colaborativo, fala de uma geração em busca do
acerto de contas com uma realidade contraditória. A estreia será no
TEMPO_FESTIVAL das Artes, nos dias 17 e 18 de setembro, no Espaço SESC. Em
outubro, a montagem estará em cartaz no Teatro Municipal Maria Clara Machado.
Graduado em Direção Teatral pela
UFRJ, Diogo Liberano assina a direção ao lado de Flávia Naves, graduada em
Artes Cênicas pela UNIRIO e formada como atriz pela Casa de Artes Laranjeiras –
CAL. No elenco, estão os atores Dominique Arantes (Andréia), Fred Araújo
(Inácio), Marília Misailidis (Rita), Nina Balbi (Cecília) e Vítor Peres
(Odilon).
A aposta cenográfica, assinada por
Rafael Medeiros e Fernanda Abreu, parte do mote inaugural do projeto,
"atravessamentos", para compor o espaço de um apartamento onde as
paredes são telas de pintura cruas que evidenciam o universo representacional
do espetáculo e, que passam a ser atravessadas pelos atores na evolução da
dramaturgia.
O Inominável investiga a produção
de uma cena capaz de dar voz à inquietação característica dos tempos atuais. “A
intenção é abordar esta geração que, frente a situações extremas como a morte,
não se permite ser indiferente. Não se trata de obter respostas, mas de cruzar
os extremos”, explicam os diretores.
Criado em 2008, o Teatro Inominável
(Adassa Martins + Dan Marins + Diogo Liberano + Flávia Naves + Helena Cantidio
+ Natássia Vello) vem se destacando no cenário teatral do Rio de Janeiro. Seus
dois primeiros espetáculos, realizados de forma independente, continuam em
cena: “Não Dois” (2009) do texto argentino Paso de Dos de Eduardo Pavlovsky e
“Vazio é o que não falta, Miranda” (2010) da obra Esperando Godot de Samuel
Beckett.
Contemplado pelo Fundo de Apoio ao
Teatro – FATE, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, o
espetáculo conta com a supervisão de Marina Vianna, atriz e co-autora do
espetáculo/filme de Christiane Jatahy, “A Falta que nos move”, importante
referência no processo.
SOBRE DIOGO LIBERANO
Graduado em Direção Teatral pela
UFRJ, Diogo Liberano vem se destacado como dramaturgo e diretor teatral. Este
ano foi selecionado para o Seminario Intensivo de Dramaturgos, promovido pelo
Panorama Sur, em Buenos Aires. Como diretor, foi convidado pela Cia do Atores a
co-dirigir, ao lado de Cesar Augusto e Susana Ribeiro, o espetáculo “Peças de
Encaixar”. Diretor Artístico do Teatro Inominável, dirigiu “Não Dois” (2009) e
“Vazio é o que não falta, Miranda” (2010).
SOBRE FLÁVIA NAVES
Graduada em Artes Cênicas pela
UNIRIO e formada como atriz pela Casa de Artes Laranjeiras – CAL, nos últimos
anos, Flávia Naves vem realizando assistência de direção de diretores como Ana
Kfouri (“Senhora dos Afogados”) e Ivan Sugahara (nos espetáculos “A Estupidez”,
“Tempo de Solidão” e “Sem Ana”). Também integrante do Teatro Inominável, como
atriz, está em “Vazio é o que não falta, Miranda” e agora assume a direção do
novo espetáculo da companhia ao lado de Diogo Liberano.