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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Estrela





TARÔ MITOLÓGICO

PANDORA

Tal como Eva, Pandora é uma mulher. Ela é o lado feminino da natureza humana, sentimento, instinto, imaginação e intuição, que deve nortear a verdade a qualquer custo.
Os insetos, diferentes das criaturas de sangue quente, estão distantes da consciência e do relacionamento. Não podemos nos comunicar com eles, mas somos atormentados e incentivados pela própria natureza.
A arca que Zeus envia para a humanidade por Pandora é como a maçã do Jardim do Éden: algo proibido, mas impossível de resistir. Ela contém o conhecimento da realidade da vida humana, o que significa a morte da ingenuidade e da fantasia infantil. Mas também contém o atributo mais precioso do espírito humano.



TARÔ EGÍPCIO

A ESPERANÇA

- Estrela de oito pontas: Estrela de Vênus, a Estrela Guia, a Estrela dos Magos, nossa luz interior. A Estrela de Sirius, da constelação do Cão Maior, só aparecia no céu egípcio na época das enchentes do Nilo mostrando a chegada das chuvas. A confiança na natureza trazendo mais fé e paciência aos processos humanos.
- Nua: fragilidade, vulnerabilidade, pureza, consciência da própria realidade.
- Ânforas: elixir da vida que espalha sobre a terra a seiva universal da vida, despojamento.
- Flor de Lótus: em cima do chacra coronário, paranormalidade.
- Pena sobre a cabeça: justiça.
- Água: purificação, saída de situação emocionalmente fragilizada.
- Dois triângulos formando um quadrado: necessidade de realizar na matéria, solução de problema através da espiritualidade e do intelecto.
- A deusa Nut jogando água na terra e nas águas. Representando o ciclo das águas, a ação do tempo e os limites que as leis da natureza impõem a nossa vida.



TARÔ DE MARSELHA

- Uma jovem de joelhos, pura e nua em perfeita integração com a natureza, simboliza “novas esperanças”.
- A nudez representa a simplicidade, a humildade, o amor, a beleza e a paz.
- Ela joga fora a água do jarro, significa que está jogando fora tudo que não nos serve mais.


Sonhos



Começo a ter medo adormecer.
Desde o enterro que não paro de ter sonhos perturbadores.

Sonhei dois dias depois do enterro com ela desesperada, louca,vestida de festa, correndo para o mar.Assisto ela entrar na água e morrer afogada sem impedir. Não sem medo, sem dor, paralisada, assisto.Não sei se respeito sua atitude, se não sei como agir...Quando ela some por completo no mar, me desespero por encontrar seus anéis perdidos na beira da praia.Como quem busca o corpo do morto.Encontro um dos seus anéis.Um com a figura de uma onça abraçando um macaco, coloco em meu dedo e como num passe de mágica o metal é consumido por meu corpo virando tatuagem.

Sonhei depois que voltava a casa dela.Não havia ninguém,apenas sua cachorra.Lembram daquela salsicha preta?Lembram daquele bichinho alegre, doce, que vivia dando carinho a quem quer que fosse?Ela estava lá,trancada no quintal como se estivesse lá abandonada há anos. Parecia ressentida e desencantada com as pessoas.Não fazia mais aquela festa por qualquer carinho.Preocupada, quis fazer qualquer coisa pelo seu afeto, para voltar a ver nela algo de como era quando a conheci.Algo que parecia haver se perdido.Ela pareceu convidar me a descer para o quintal e ver como tudo tinha mudado.Eu desci e encontrei tudo com um ar decadente e abandonado.Como se fossem vestígios de uma antiga civilização.Mas aquela era nossa civilização.Eu ainda estava viva.Quis gritar.Acordei desesperada.

Sonhei hoje que ia com Mateus a casa de um sábio guru que me ajudaria a dissipar o medo e o desespero.Ele propunha tarefas e eu me "curava" resolvendo-as.Uma das tarefas que ele me propôs foi sentar me frente a uma serpente.Tinha que fazer o movimento de ir até a cadeira posicionada frente a serpente,sentar me e encará-la. Se demonstrasse todo meu medo ela me devoraria,se conseguisse manter dignidade e respeito por nós duas e simplesmente me sentasse, nós poderiamos nos contemplar e partir quando quizessemos.Tentei uma vez e quase fui morta.O mestre me disse para tentar novamente.Tentei.Sentei me.Até agora lembro das coisas que contemplei nos olhos da serpente.

Acordei e busquei o tarô.Tirei uma carta.Era a carta da Estrela.Ela dizia assim:a imagem de Pandora e a estrela da esperança são símbolos de uma parte do ser humano que, a despeito das frustrações e desapontamentos, da depressão e das perdas, ainda tem forças para se agarrar ao sentido da vida e ao futuro que poderá superar a infelicidade do passado.
(...) os olhos de Pandora estão fixos não na infelicidade da condição humana, mas na certeza irracional e inexplicável de que muito em breve uma nova luz brilhará.
(...) dessa maneira a Estrela, guia da esperança e da fé, surge não da intenção deliberada, mas das cinzas da Torre que foi destruída anteriormente.
O louco espera no meio dos destroços sem saber ao certo como ou o que deverá reconstruir. E no meio da confusão e da destruição das antigas formas e estruturas, surge a suave, tímida e no entanto extremamente forte Estrela da esperança.

epígrafe

A epígrafe de Paixão Segundo GH, diz: "A complete life may be one ending in so full identification with the non-self that there is no self to die." Bernard Berenson