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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nesta sexta e sábado, tem DRAGÃO na GAMBOA

Cinco jovens se reencontram no apartamento de uma amiga em comum, dois meses após o seu suicídio. Esse é o ponto de partida do espetáculo Como Cavalgar um Dragão, da jovem companhia carioca Teatro Inominável. Com dramaturgia de Diogo Liberano, criada em processo colaborativo, a peça fala de uma geração em busca do acerto de contas com uma realidade contraditória que a perfura e desorienta. A estreia aconteceu em 2011, no TEMPO_FESTIVAL das Artes, seguida de uma temporada de sucesso durante dois meses no Teatro Municipal Maria Clara Machado.

A aposta cenográfica, assinada por Rafael Medeiros e Fernanda Abreu, parte do mote inaugural do projeto, "atravessamentos", para compor o espaço de um apartamento onde as paredes são telas de pintura cruas que evidenciam o universo representacional do espetáculo e, que passam a ser atravessadas pelos atores na evolução da dramaturgia. Para o crítico João Cícero Bezerra, em crítica publicada no site do TEMPO_FESTIVAL,  "(...) Eis um belo drama contemporâneo (...) uma investigação filosófica sobre a perda. Como Cavalgar um Dragão quer chegar à dimensão ética da linguagem, naquele momento em que a falta desestabiliza o todo, e surge a necessidade de recriar o sentido, a fim de que o jogo e a vida continuem em sua significação arriscada (...)".

Graduado em Direção Teatral pela UFRJ, Diogo Liberano assina a direção ao lado de Flávia Naves, graduada em Artes Cênicas pela UNIRIO. A produção é de Rômulo Corrêa e no elenco estão Dominique Arantes (Andréia), Fred Araújo (Inácio), Marília Misailidis (Rita), Nina Balbi (Cecília) e Vítor Peres (Odilon). O espetáculo foi contemplado pelo Fundo de Apoio ao Teatro – FATE, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, e conta com a supervisão de Marina Vianna, atriz e co-autora do espetáculo/filme de Christiane Jatahy, A falta que nos move, importante referência no processo.

Ensaio de DRAGÃO

Para Antonio Guedes, diretor do Teatro do Pequeno Gesto, "Do ponto de vista da dramaturgia, o Dragão trabalha com personagens muito bem construídos. Contando com a parceria de ótimos atores, esses personagens, pelo contraste de temperamentos, nos apresentam um rico mosaico de reações possíveis diante do tema central: o suicídio. Mas do ponto de vista da encenação, esse conto não se deixa transformar numa narrativa simplista, realista, mero relato de uma história. Como plateia, experimentei a descoberta de cada modo de se colocar diante desse limite imposto sobre a vida."

Em 2012, o espetáculo começa o ano no Galpão Gamboa, dentro da mostra GamboaVista. Serão apenas duas apresentações, nessa sexta (21h30) e sábado (21h), dias 03 e 04 de fevereiro. Na sexta, logo após o espetáculo, haverá uma festa com o Bar Enchendo Linguiça e DJ’s convidados. Para quem assistir o espetáculo, a entrada é gratuita. Para quem chegar até 00h, apenas r$ 10. E pós 00h, r$ 20. Para maiores detalhes, acesse o blog do espetáculo (atravessar.blogspot.com) ou do Instituto Galpão Gamboa (www.galpaogamboa.com.br).

SOBRE O TEATRO INOMINÁVEL

Criado em 2008 pelo encontro de Adassa Martins + Dan Marins + Diogo Liberano + Flávia Naves + Helena Cantidio + Natássia Vello, jovens artistas com graduação em Artes Cênicas por universidades públicas brasileiras (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ + Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO), durante poucos anos de existência, o Teatro Inominável criou quatro espetáculos: com NÃO DOIS (2009) pesquisamos a dramaturgia contemporânea da Argentina, num processo que durou onze meses por sobre a obra PASO DE DOS do dramaturgo Eduardo Pavlovsky. Nessa peça, nos debatemos contra o ditado popular “quem cala consente”, apresentando um drama sobre um torturador e uma torturada e a possibilidade do horror e do afeto coexistir num mesmo gesto; com VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA (2010), depois de dez meses em processo, descobrimos como o sentido é uma verdade movediça. Profanando a obra ESPERANDO GODOT de Samuel Beckett, nos debatemos contra outro ditado popular: “quem espera sempre alcança”. Nessa peça, diversas possibilidades para criação e cognição do sentido eram tentadas, numa encenação metáfora de si própria, na qual quatro atrizes e um diretor tentavam trazer aos palcos uma peça que nunca chegava a ser criada; em COMO CALVAGAR UM DRAGÃO (2011), apresentamos um reencontro de cinco amigos dois meses após o suicídio de uma amiga em comum. Partimos da busca e da necessidade de se permitir ser afetado pelo mundo e pelas relações, redescobrindo tudo aquilo que nos atravessa. DRAGÃO foi contemplado pelo Fundo de Apoio ao Teatro da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e integrou a programação do TEMPO_FESTIVAL das Artes; com SINFONIA SONHO (2012) apresentamos uma tragédia contemporânea criada a partir de recentes tragédias envolvendo o massacre de crianças em espaço escolar no Rio de Janeiro. Nessa peça, a companhia busca falar sobre a infância e, por extensão, também do futuro. Em nossa investigação, priorizamos as questões do “agora” e também do “aqui”, numa busca constante por diálogo com o nosso país e cidade.

SERVIÇO

COMO CAVALGAR UM DRAGÃO
Classificação etária: 14 anos
Duração: 75 minutos
Sexta (03/02) as 21h30 e Sábado (04/02) as 21h
Instituto Galpão Gamboa
Rua da Gamboa, 279 – Barão da Gamboa – Rio de Janeiro
Clique aqui para saber como chegar
Informações:
(21) 2516-5929
Capacidade: 80 lugares
Ingressos: r$ 20, (inteira) e r$ 10, (meia-entrada)

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domingo, 24 de julho de 2011

lyla



tinha esquecido dessa música e lembrei outro dia.
o nome é Lyla, a história é outra, mas também é triste.

o vídeo é de um usuário, não faz juz à música.

então o melhor é ler a letra:

You wanted to buy me
For a hundred euro
You said you'd take me
To your little car
Your friend lived near by
He had a house and all
Where was i from you said
You guessed yugoslavia
Well it's not yogoslavia
It's not yugoslavia at all

It reminded me
Of a movie i just saw
About a little girl
From yugoslavia
She got sent away
They made her prostitute
She ate mcdonald's all day
And never had a chance to play
Lyla
You wanted to buy me
For a hundred euro
You said you'd take me
To your little car
Your friend lived near by
He had a house and all
Where was i from you said
You guessed yugoslavia
But it's not yugoslavia
It's hardly yugoslavia at all

Lyla

eu coloquei em negrito a parte da yugoslavia,
acho que tem a ver com vocês:

ele adivinha daonde ela veio, dizendo yugoslavia.
ela diz que não, porque não é mais, não existe mais.
é um território que não existe mais,
um lugar que mudou de nome,
um pedaço de terra.

as coisas voltam ao que elas são, como nós, invariavelmente.
as coisas são corpo (sentidos), seguidos de nomes, seguidos de ideias.
ou em alguma outra ordem...