ATÉ LOGO COMPANHEIRO
Até logo, até logo, meu companheiro
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro.
Adeus amigo, sem mão nem palavras
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo!
(Iessiênin escreveu esse poema na parede de um quarto do Hotel Inglaterra, em São Petersburgo, usando como tinta o próprio sangue dos pulsos, dedicando-o ao seu amigo Vladímir Mayakovsky. Em seguida Iessiênin se enforcou. Era madrugada do dia 27 de dezembro de 1925.)