O ambiente físico no qual você está trabalhando e como a consciência dele afeta o seu movimento. Quantas vezes assistimos à peças em que há um cenário suntuoso e intricado cobrindo todo o palco e os atores, ainda assim, permanecem com dificuldade na exploração da arquitetura que os envolve? No trabalho da Arquitetura como Viewpoint, nós aprendemos a dançar com o espaço, a estar em diálogo com a sala, a deixar o movimento (especialmente Forma e Gesto) evoluir para fora de nosso próprio espaço. Arquitetura é dividida em:
- MASSA SÓLIDA. Paredes, chãos, tetos, mobiliário, janelas, portas, etc;
- TEXTURA. Se a massa sólida é de madeira ou metal ou tecido modifica o tipo de movimento que criamos em relação com ela;
- LUZ. As fontes de luz na sala, as sombras que fazemos em relação a estas fontes, etc;
- COR. Criando movimento a partir das cores no espaço, como uma cadeira vermelha entre inúmeras outras pretas afetaria a nossa coreografia em relação a ela;
- SOM. Som criado pela arquitetura e a partir dela, o som dos pés no chão, o ranger de uma porta, etc.
No trabalho com Arquitetura nós criamos metáforas espaciais, dando forma a sentimentos como “eu estou contra a parede”, “preso entre as rachaduras”, “preso”, “perdido no espaço”, “no limiar”, “alto como uma pipa”, etc.
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Tradução de Diogo Liberano.
BOGART, Anne; LANDAU, Tina. The Viewpoints Book – A Pratical Guide to Viewpoints and Composition. New York: Theatre Communications Group, 2005, p. 10-11.