12/07/11, unirio, sala 604
diogo, flávia, júlia, dominique, nina, marília, fred e vítor.
cheguei um pouco depois. coisas de quem é diabético. quando cheguei os meninos estavam jogando um jogo em que davam a fala (passando o lenço ao interlocutor direto). aproveitando as passagens para estudar o texto com os novos cortes (cenas 1 e 2).
o espaço estava bem reduzido, com limites feitos de tênis.
a júlia chegou e o trabalho sobre os figurinos foi até o fim do ensaio. cada um havia levado um punhado de roupas (sobretudo brancas, mas também algumas nas cores primárias). a júlia foi trocando peça de um com outro e deu nisso ai embaixo).
fotografei essa foto numa sala com paredes pretas. havia pinceladas de cor em cada um, ou em alguns. gosto do jogo com o branco porque descobrimos que no branco há mais brancos do que somente o branco. isso é sugestivo. essa profundeza que acorda apenas com um olhar persistente sobre o mesmo.
gosto, sobretudo, da cor da pele que salta dessa brancura toda. gosto da cor da pele. e de pensar que ela possa se alterar por conta da cena, da energia, dos estados e transbordamentos.
enquanto os meninos montavam essas composições (que serão usadas nos próximos ensaios), eu e flávia conversamos sobre tudo. sobre a nossa falta de história. sobre o porquê de repetirmos certas coisas que não deveriam mais ser repetidas. conversamos, sem saber, sobre como fazer diferença.
como?
eu pergunto a vocês, atores: neste espetáculo, por meio dele, que diferença vocês podem fazer? que diferença vocês querem fazer nascer?
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