"História não é uma ciência moral.Os direitos,a compaixão,a justiça são noções estranhas à História."
Isso me parece mto válido.Bem como a questão:
"O desejo exacerbado de felicidade individual que observamos não estaria ligado ao declínio do império americano que vemos hoje?"
Acho que as coisas são maiores do que isso tbm.Não gosto de centralizar tudo na questão do império americano.Embora me pareça ingênuo não levá-lo em consideração.Assim sendo,o que importa é:o que mais estaria em questão?quais seriam as nossas hipóteses de fuga da realidade?
Acho interessante pensar como apreendemos a realidade.Integrar a discussão a idéia de que a moral é social,somos seres sociais,mas tbm animais.
"O declínio de uma civilização é tão inevitável quanto o envelhecimento.
No máximo,se pode retardar o processo. Só note que temos a sorte de viver fora do império.O choque é menor. Duro dizer que no período atual vive-se bem,sob certos aspectos.
De todo modo,nosso funcionamento mental impede outras formas de experiências."
Qual o problema do declínio?Foda-se o declínio.Porque não podemos aceitar o envelhecimento?
Temos mesmo a sorte de viver fora do império?
Claro que vivemos bem.E assim viviam os incas e os primatas.A vida é muito maior que tudo isso.
Quão pobre temos que ser para matá-la?
Certamente nosso funcionamento mental impede outras formas de experiência.
Tenho pensado nisso.
Tenho medo do quão extraterrestres nos tornaremos por experimentar.
Acho triste colocar como traida e de certo modo ingênua a personagem que diz:
"Não concordo...É impossível saber em que época vivemos.O melhor que fazemos é tentar ser feliz.É o que sempre quis."
Acho cínico colocá-la nessa posição.A maioria trai,é traida,analisa de fora o declínio do império e parece falar como se o apreendesse completamente...E ela fica só dizendo isso e logo se desilude.Isso me incomoda.
Acho que o filme levanta uma importante questão:a questão da mudança de paradigmas.acho que ele,juntamente com Invasões Bárbaras, criam um claro painel de gerações.Acho isso difícil e que certamente tem seu valor.
Em parte me identifico com a geração dos filhos sim.
Ao contrário da geração dos pais, quando vejo que não posso viver só de amor e me desepero por pagar minhas contas e me sinto impotente e sem valor ao precisar pedir ajuda para minha mãe,eu tenho medo dessa impotência virar impeto de ir atras do dinheiro e ficar num lugar estável e vazio como o do filho/magnata.Tenho muitas vezes vontade de me retirar da comunidade e ficar distante,num lugar lindo como o mar,exatamente como fez a filha.E quantas vezes enchi a cara e fumei um beck pra me sentir mais leve...já perdi a conta.Mas realmente nenhuma vez pensei em peitar o governo,como pensou a geração anterior.O novo paradigma é então apolítico?(inventei a palavra...rs)Acho que não.Penso que todo ser social é por natureza político.Contudo,que novo paradigma é esse que propomos?Materialista e fugitivo?Sustentável/o que significam essas coisas?