“2.4 A Prática Significante é uma sequela da técnica de recuperação. Implica que o texto se abre ao maior número possível de significações, à pluralidade de sentidos que se contradizem, se complementam, se respondem e não se reduzem a uma significação global final ¹. A pluralidade é mantida graças à multiplicação de enunciadores cênicos (ator, música, ritmo, iluminação etc.), com a recusa de hierarquizar os sistemas de signos e, portanto, de interpretar."
¹ A prática significante é uma noção da semiótica dos anos de 1970, aquela de Roland barthes, por exemplo: “interpretar um texto é não dar-lhe um sentido (mais ou menos baseado, mais ou menos livre), é, ao contrário, apreciar de qual plural ele é feito”. S/Z, p. 11.
Trecho retirado do livro A ENCENAÇÃO CONTEMPORÂNEA, de Patrice Pavis.