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domingo, 8 de maio de 2011

TEMOS SEDE DE VERDADE

Está tudo assim tão diferente.....
É isso que dentro sinto sentir
Aqui dentro chove e chora
A alegria eu sei, existe, no entanto,
silenciosa, sorrateira, não se identifica,
como se quisesse se confundir com a própria respiração
vela por nós como uma mãe ao seu rebento
e só.
O resto é o traço da primeira linha
É rasgo, é cuidado, é sincero
Para onde estamos indo?
Quem autorizou essa ousadia?
Alguém aí está em paz?
Eu não estou
Aqui dentro é uma guerra
Aqui dentro,
ora o lamento dos vencidos
ora o grito surdo dos vencedores
e sempre,
por mais que a canção seja interrompida
abafada
suprimida
a festa não acaba nunca,
sem música ficam as palavras
sem palavras os olhares se cruzam
sem olhares a suavidade do toque
e por aí vai
no eterno e incerto contorno dos dias.