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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fluxo pedido.

Eu perguntei se o jornalismo era viável. eu perguntei porque nem sofrer diante do computador gerava escrita. Eu perguntei porque não cortar os pulsos. Eu perguntei porque vi a Lila naquela bailarina. Eu perguntei porque saí com vigor depois disso. Eu perguntei porque a Andréa não fez nada para impedí-la. Eu perguntei porque tanto egoísmo. Eu perguntei porque minha mãe e a Lila viraram o mesmo lugar. Eu perguntei o porquê daqueles dois insetos no meu sonho. Eu perguntei porque era um esforço estar junto das pessoas que amava. Eu perguntei porque ouvir Pete Doherty era um consolo. Eu perguntei porque levava um corpo que já não mais aguentava. Eu perguntei sinceramente, acompanhado pela lua, por que não me matar?Perguntei também que barreira existia entre Rita e eu. E perguera aquilo que essa gente huntei porque a Cecília criticava a política britânica se não conhecia a brasileira. Perguntei o que era Fome Zero e ela pediu desculpas e não respondeu. Perguntei porque o Inácio disse que pobre não era gente. E perguntei porque os garis de madrugada me diziam tanto. E perguntei o que aquela gente tão humilde ao pé da serra me remetia. E perguntei porque minha vida tinha na infância sua melhor matéria. E perguntei se era fraco. E perguntei se era alegre. E perguntei da dor. E perguntei qual era a esperança. E perguntei porque não levar uma vida beatnik se ninguém lia a porra daquele Blog. E perguntei, como última pergunta, porque não escrever um livro. Tudo mentira. Perguntei de novo: porque a Lila sempre está em algum lugar sentada esperando o fim da balsa enquanto na casinha o bule de café apita acompanhado pela voz da Billie Holiday na radiouol gritando amor e dor solenemente com conhecimento de causa.