"O homem que abriu uma brecha na cidade ao gritar do viaduto e da janela do edifício estará em condições de começar a falar se ele não esquecer e não suprimir o grito ao voltar para o seu quarto, mas se, ao contrário, permanecendo no elemento do grito, começar a ser apenas e tão-somente a partir do elemento do grito, de tal modo que já não é a cidade e o edifício que assistem ao grito, mas é o grito quem olha o edifício e a cidade."
trecho do livro "Certeza do agora" de Juliano Garcia Pessanha