A gente procura, questiona, relembra os fatos, as escolhas feitas, os passos dados, a gente espreme, e pergunta de novo e questiona de novo e nada. NADA. Absolutamente nada que modifique o que aconteceu. Ela se jogou da janela do 19 andar.
No instante seguinte o que se via era a cortina balançando... como que contando a todos o que acabara de acontecer. E contava calma, mansa, dançante, como se dissesse: ela se foi, é isso mesmo. Agora sou mais viva do que ela percebem? Percebem como não sabemos nada, como somos grãos de areia jogados ao vento sem destino certo a percorrer? Percebem como tudo isso é frágil, estranho e incerto?